sábado, 30 de abril de 2011

Prêmio Versatilidade

Tem sido uma experiência  intima e repleta de cumplicidade escrever e interagir com pessoas que conheço os rostos por foto e a essência pelas palavras... Amizades e afinidades tem crescido e uma rede de relações e sentimentos tem se formado... Blog é uma das coisas boas da vida !  
Hoje recebi um prêmio  da Cátia do Blog Cátia Bosso Poesias  http://catiabossopoesias.blogspot.com/ que expressa sentimentos de forma inteligente e única nas rimas que compõe. Agradeço o carinho e a gentileza de coração !!!!! 


As regras para receber o prêmio estão dispostas logo abaixo:

1.Agradecer e linkar de volta o blogueiro que te enviou o prêmio.
2.Divida 7 coisas sobre você.
3.Premiar outros 5 a 15 blogueiros.
4.Entre em contato com esses blogueiros para avisar sobre os prêmios e para que eles levem o selo da versatilidade para seu blog e distribua a outros colegas blogueiros.
 
Meus Sete Prazeres...
 
1. Ser Mãe do João (não requer explicações... Ser mãe me tornou alguém melhor !); 
2. Ser Psicóloga (amo muito o que faço e coloco meu coração em meus ouvidos e em minha boca...); 
3. Ser Mulher (o feminino que me estrutura me dá o equilibrio que preciso para lidar com a Vida);
4. Ser Filha da Minha Mãe ( Dona Lú é meu eixo, tenho profunda admiração pela mulher que é minha mãe);  
5. Escrever e Ler sempre e em todos os lugares...( na fila do banco, no banheiro,na sacada de casa... enfim,...rs...)
6. Partilhar idéias e construir junto com amigos a possibilidade de contextos diferentes;
7. Dançar; ( minha válvula de escape disfarçada de atividade física )
 
Após essa brincadeira de partilhar um pouco do meu eu... chegou o momento de indicar outros blogs para receberem a premiação.
Escolhi 05 amigos para indicar a premiação:
 
Meus escolhidos foram:
 
1. Maria Clara com seu Contando o Tempo; http://contandootempoo.blogspot.com/
 
2. Lena com seu Amadeirado; http://amadeirado.blogspot.com/
 
3. Waleska Raquel com seu A Vida não Espera; http://waleskapink.blogspot.com/
 
4.Lu com seu Quintaneando e outros Gerúndios; http://quintaneandoeoutrosgerundios.blogspot.com/
 
5.  A Priscilla com seu Parenteses; http://parentesesabertos.blogspot.com/
 
 
Agradeço o Prêmio e a todos que carinhosamente participam do Piruetas. Sintam-se a vontade sempre !!!!
 
Um abraço, Fabiola. 

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Lembranças...

Hoje pela manhã lembrei muito da minha mãe...  Faltamos a aula duas vezes para ficarmos em frente a TV, na morte da Elis Regina e no Casamento Real. Foi divertido me ver pequena assistindo o casamento da Princesa Diana com o Principe Charles.
Na minha inquietude de menina  não conseguia achar normal uma princesa tão linda com um principe tão esquisito. Ela sorria e caminhava como se pisasse em nuvens e eu acreditava que a felicidade era algo que dependia apenas daquele ritual. Fiquei encantada quando vi a certeza com que ela proferiu seus votos e muito curiosa sobre a idéia de que ela não devia obediencia ao principe. Não entendia muito bem o que era aquilo... mas percebi que podia fazer toda a diferença caso ela quisesse ser ela mesma. Descobri que cumplicidade vai além de um olhar. Não consegui decifrar por trás do véu a mulher forte, mas triste. Sábia e coerente, mas frágil e insegura.  Vi a princesa em outros. Cheguei a admirá-la muito e, por vezes,  cortava meu cabelo como o dela , coisas de menina que acreditava na verdade verdadeira (rs), em confiança e cumplicidade e que pequenos gestos podem fazer a diferença...  isso envolve olhar nos olhos, falar com carinho e acima de tudo acreditar na bondade como algo inerente ao humano. . Ficou muito forte o encantamento de menina que apesar de não acreditar em principes encantados   (ainda que sob protestos de minha mãe e avós), ficava cosntruindo a dimensão do sentimento amor...
Em frente a TV , hoje passei os olhos rapidinho pela beleza do ritual, pela alegria contida dos noivos, pela autenticidade da daminha. João me chamou e quando eu disse que estava distraida vendo o casamento de principe e princesa... ele riu debochado e disse:
- Mãezinha, isso não existe é coisa da nossa imaginação...lembra né ???  

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A doença da Incompletude...

Temos um bichinho que se chama mas...quando tudo parece bem ainda nos deparamos com a falta de algo. Como se nosso carro prata fosse bom, mas o azul parecesse muito melhor e mais economico. Como se nossa casa fosse ótima , entretanto, isso ainda não nos permite  a sensação de ter um lar.
Enfim esse tal mas, não nos imobiliza, mas mobiliza a sensação de dissabor, de angústia e , nisso, o desgaste da insatisfação. O que difere isso da frustração é que nessa, o que temos não é de fato o que queremos. Em relação a insatisfação, o que temos é insuficiente, não nos preenche no todo. Esse contexto gera um misto de infelicidade, de instabilidade e, em alguns casos, impulsos de irritabilidade.
Tal bichinho surge por essa nossa ansia de perfeição, de completude. Pela mobilização de controle. Algo que para os perfeccionistas é essencial. Que tal entregar o controle para o outro, se permitir o sabor do dia? Refletir que para cada tempestade há um guarda-chuva e que talvez molhar um pouco nossas  idéias ...rs...cabeça, não vai nos tornar perdidos diante da vida.  

Pensando Alto...



Diante de alguns desafios o mais interessante é sorrir...entregar-se e ...encarar o risco !

Pensando Alto...

Hoje me peguei falando sozinha...coisas de quem precisa entender o por que das represas emocionais que as pessoas criam.
Represas essas que limitam, sufocam e por vezes transbordam na hora , no lugar e ritmo errado. Nesse sentido, sufocar  acaba gerando a ausencia completa de identidade e a necessidade de se fazer outro. Surge a tendência a vida paralela. O sujeito se faz outro fora de casa, com os amigos, com outros objetos de amor. Desta forma, compõe um cenário para si, onde exercita suas melhores qualidades. Como se escolhesse ser o melhor para quem na verdade não tem vínculo.
Diante da limitação o caminho escolhido é do corpo onde se instaura o sintoma. Tudo dói... ou o que dói especificamente é a cabeça que ferve diante da ausencia de si . A garganta que inflama quando não me autorizo a dizer o que sinto. É o estomago que não digere a mágoa.  A coluna que geme diante do peso do mundo sobre a ela. Enfim, o corpo dói frente a emoção.
A responsabilidade de propor um caminho diferente para as emoções reside na escolha de equilibrio entre aquilo que sinto e a verdade que proponho viver.
  

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Nessas prosas sobre sentimento...

Numa dessas minhas prosas sobre sentimento comecei a identificar o quanto é necessária a idéia de ter alguém que se importa com você.
Essa coisa de se importar é muito sutil, fica nos detalhes: de quem te espera fazer o prato para começar a comer. Observa se sua franja está fora do lugar, ou há uma pontinha de sentimento diferente no seu olhar seja alegre ou triste. Sutil demais para quem no dia a dia mal consegue ver a si mesmo.
A solidão surge quando se está ao lado de alguém que pode até acreditar que está junto, mas não fecha, não junta e, por isso,  não movimenta a engrenagem...
Para pensar...

Selinho !!! Afeto Partilhado...

AMADEIRADO: 300 AMIGOS!

Faço parte desse grupo de 300 amigos que tem crescido a partir da interação proposta pela Lena, através de seus textos, seu afeto e amizade. 
Tem sido uma experiência deliciosa... !!!!

   

Simples Desejo...

Que tal abrir a porta do dia,dia
Entrar sem pedir licença
Sem parar pra pensar,
Pensar em nada…
Legal ficar sorrindo à toa,toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua
Pra viver e pra ver
Não é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo (Luciana Mello)

Arquivo Pessoal



Hoje eu só quero que o dia termine bem !!!

sábado, 23 de abril de 2011

Ella

Ella sumiu aqui de casa no Natal. Eu me senti muito culpada, pois havia dito perto dela  que não queria que o João se apegasse muito. Percebia nela um jeito sorrateiro de olhar para o portão. Via que quando ela nos escolheu na rua, o afeto tinha como pano de fundo a fome. E, depois de observar que ela dormia ao lado do portão da garagem notei que seu caminho já estava escolhido.
Ontem a noite ela apareceu para nos ver. Estava deitada nas escadas próxima ao portão. Seus olhos esverdeados e a mancha no nariz, me fizeram chamá-la pelo nome. Fiquei tão feliz em vê-la bem... 
Quando João desceu as escadas ela miou longamente, como se dissesse : Olá amigo !
Ele me pediu para pegá-la... eu preferi não escolher de novo por ela - já havia feito isso uma vez. Pedi que ela viesse. Chamei. Mostrei o portão. Ela caminhou até o outro lado da rua, nos olhou e correu para o escuro do fim da rua.
João chorou no portão, na sala, no quarto...enfim, na casa inteira. E, inconformado disse que achava a Ella " burra", afinal, oferecíamos comida, carinho e um espação de grama.
O que eu tentei explicar é que a escolha de caminho não depende de percebermos tudo o que está a nosso alcance. Ás vezes escolhemos o caminho mais difícil e, nem sempre isso é sinal de que não reconhecemos as agruras que estão por vir.  Enfim, tentei mostrar que a escolha era dela e que mesmo que eu a pegasse no colo e a colocasse para dentro do portão, provavelmente, ela iria sumir de novo.
A idéia de liberdade dela é bem diferente da nossa ! Quantos de nós não nos reconhecemos na Ellinha que apesar de termos tudo a nosso alcance, queremos mais...


  

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ruinas de Sol - Oswaldo Montenegro

Como nasce do lodo do fundo dos mares
O velho vestígio da embarcação
Há de vir das ruínas dos nossos pesares
A primeira luz do nosso coração
Como nasce do fundo do poço escuro
A água cristalina pra
Matar a nossa sede
Há de vir do oceano ou do leito um rio
A nossa esperança envolvida na rede
Como nasce o jasmim do que sujou a terra
E a primeira estrela da ausência do sol
Hei de ver o verão germinar primavera
E a semente da terra do nosso lençol
Como a fúria da chuva lavou o telhado
E o cansaço nos fez a vigília enfrentar

As ruínas são restos, mas não do que acaba
E sim do que morre pra recomeçar.
"
 
FELIZ PÁSCOA !!!! QUE TODOS TENHAMOS A OPORTUNIDADE PARA RECOMEÇAR !!!!
UM ABRAÇO !!!
  
 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

As Meninas - Renoir

Minha mãe teve duas meninas que faziam a maioria das coisas juntas. Cresci com essa gravura de Renoir na sala de jantar de casa. Presente de meu pai: orgulhoso por ter duas meninas. Uma cuidava da outra como se pudesse suplantar desejos, proteger. Havia o combinado de quem dormisse por último devia apagar a luz: eu contava muitas histórias na cama, fazia companhia ao travesseiro e deixava meus pensamentos para além de contar carneirinhos.Eu sempre apagava a luz !
E, fiz isso muitas vezes , na hora das tomadas de decisões, nos momentos em que tinhamos que escolher os caminhos. Eu estudei em colégios de irmãs, ela nos mais modernos.Não gostava das regras, mas sempre vivemos em harmonia. Novidadeiras cada uma tinha sempre o que contar. Diziamos que eramos melhores amigas...
Eu mais velha gostava do azul. Era morena, pequena. Preferia as coisas do mundo, mas gostava de terrenos sólidos para pisar. Sempre gostei de escrever. E, quando a música me tomava, acreditava ser bailarina. Tinha todas as perguntas na ponta da língua e costurava meus pensamentos com muitos sonhos. Sempre acreditei que a vida me levaria onde eu planejasse. Ela, loira, mais alta: gostava do rosa. Preferia ter à mão tudo que pudesse alcançar. Gostava mais das respostas e fazia imensos silêncios. Acreditava que divagar e sonhar eram desatinos proibidos.
Sabíamos no olhar o que queríamos. Cúmplices, driblavamos as dificuldades. Ela dirigia: um feito incomum para quem tinha apenas 13 anos. Eu preferia olhar os mapas, indicar nosso caminho.
A vida nos levou tão longe , não reconheço mais a menina que no corpo de mulher evita olhar nos olhos de quem por ela passa. Não nos vemos mais, escolha de quem diz que trabalha muito e tem agendas lotadas. No sábado, cansadas, não achamos mais tempo uma para outra.  Não sei onde nos perdemos. Em tempo, o quadro também não mora mais lá !     

(Imagem : Renoir- Rosa e Azul) 

Sobre o amor...

Tem gente que ama estranho: contido, espremido, sem forma, sem cor. De forma que deforma o sentimento, de tanta dúvida que planta no outro. E, na dúvida, não permite a clareza de que também pode ser amado e, cobra ! Na dúvida , não se permite a entrega de maneira limpa, coesa e verdadeira. 
Outro dia, um alguém me disse: amo, mas não demonstro- demonstrar é fraqueza, estar na mão do outro é perigoso !
Tem gente que quando ama tem medo de perder a posse de si. Quando na verdade, amar é realmente perder-se no outro, mas não perder-se em si.   
Fiquei pensando o quanto as pessoas gastam sua energia psiquica, guardando seus sentimentos, castrando seus sorrisos, suas necessidades e desejos por medo ou simplesmente , por acreditar que, dessa forma, continuam no controle. 
Esse tal controle que na infância nos é imposto (nem sempre de forma sutil), mas que vem travestido da idéia de boa educação : fale baixo menino, nem sempre se fala o que pensa !  Homem não chora ! Se te baterem mete a mão ! Sentimento é bobagem de mulherzinha  !  
Ter que reaprender o caminho do sentimento, abrir nossos baús e fazer faxina nas emoções é um caminho interessante, para não amar sozinho, sufocado, espremido...

Foto: Internet

terça-feira, 19 de abril de 2011

De novo...

A vida trouxe de volta a chance de refazer, repensar... Nem sempre os personagens são os mesmos. No entanto, no sentimento que se coloca a prova : Aprendemos !
Aprendemos a sentir de novo, a dar sentido, a tornar inesquecível, a re-tornar ao princípio. E, nesse principio, descobrimo-nos novos, diferentes, mas não distantes da essencia que nos compõe.  
É muito mágico assistir a isso !
   
Foto: Internet

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Coisas de João...

Eu tive uma infância muito feliz. Cercada de carinho e impulsionada a brincar, sempre fui curiosa: perguntadeira, observadeira, falante mas não faladeira. 
Tenho descoberto no João tudo isso ao mesmo tempo. Em vários momentos temo não encontrar as respostas, mas porque será que toda mãe quer ter a resposta na ponta da língua ?
Essa idéia de parecer super-herói , de saber tudo, por vezes me angustia. 
Ontem ele saiu com mais uma das suas : Por que algumas pessoas beijam de verdade nosso rosto e tem umas que só encostam o rostinho ???
Nem sempre é fácil dizer sobre beijo e afeto quando acredito que ambos são entrega. A possibilidade de estar intimamente próximo do outro. Lembrei como a vovó o beija escandalosamente. Mostrei como algumas pessoas apenas seguram na mão dele. Disse que nem todo mundo consegue se entregar... mesmo que seja num simples beijinho de oi.
Complicado é dizer para ele que conforme vamos crescendo , algumas pessoas se fecham mais para esse tipo de entrega. E, que talvez a maior dificuldade dos adultos seja demonstrar seus sentimentos.
Explicar tudo isso, me dá a chance de oportunizar o caminho do carinho, do gesto simples de beijar de verdade. De permitir que João não tenha medo de sentir, muito menos de saber que sente e nem de demonstrar que sente !  
Essa converseira, de acordo com o João serve para ele entender essas coisas da Vida...que ficam como pulgas pulando na cabeça dele ... 
Foto : Arquivo Pessoal

domingo, 17 de abril de 2011

Uma Valsinha para o Domingo...

Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz...

Chico Buarque

Nossas semelhanças...


" Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características psíquicas em comum: percepção aguçada, espírito brincalhão e uma elevada capacidade para a devoção. Os lobos e as mulheres são gregários por natureza, curiosos, dotados de grande resistência e força. São profundamente intuitivos e têm grande preocupação para com seus filhotes, seu parceiro e sua matilha. Tem experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação. Têm uma determinação feroz e extrema coragem."
Clarissa Estés Pinkola

sábado, 16 de abril de 2011

Intuição...Leila Mícolis

Ter nas pessoas
a confiança dos gatos,
que fecham os olhos
e esticam o pescoço,
na certeza do carinho.


Foto: Internet

...

"Gaste seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e os maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade. Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo. Isso é que libera a gente para ser feliz de novo." Martha Medeiros

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Os Estágios do Perdão...

OS QUATRO ESTÁGIOS DO PERDÃO
1. DEIXAR PASSAR – deixar a questão e paz
2. CONTROLAR-SE – renunciar á punição
3. ESQUECER – afastar da memória, recusar-se a repisar
4. PERDOAR - o abandono da dívida

DEIXAR PASSAR
Para se começar a perdoar, é bom deixar passar algum tempo. Ou seja, é bom deixar de pensar provisoriamente na pessoa ou no acontecimento. Não se trata de deixar algo por fazer, mas assemelha-se a tirar umas férias do assunto. Isso ajuda a evitar que fiquemos exaustas, permite que nos fortaleçamos por outros meios, que tenhamos outras alegrias na vida.
Esse estágio é um bom treino para o abandono definitivo que mais adiante advirá do perdão. Deixe a situação, a recordação, o assunto, tantas vezes for necessário. A idéia não é fechar os olhos, mas a de adquirir agilidade e força para se desligar da questão. Deixar passar envolve voltar a tecer, a escrever, ir até o mar, aprender a amar algo que a fortaleça e deixar que o tema saia do primeiro plano por um tempo. Isso é bom e medicinal. As questões de danos passados irão atormentar a mulher muito menos se ela garantir à psique ferida que lhe aplicará bálsamos medicinais agora e que mais tarde tratará do assunto de quem provocou a ferida.

CONTROLAR-SE

A segunda fase é a do controle, especificamente no sentido de abster-se de punir; de não pensar no fato nem reagir a ele seja em termos grandes, seja em termos pequenos. É de extrema utilidade prática desse tipo de refreamento, pois ele aglutina a questão num único ponto em vez de permitir que ela se espalhe por toda a parte. Essa atitude concentra a atenção para a hora em que a pessoa se dirigir aos próximos passos. Ela não quer dizer que a pessoa deva ficar cega, entorpecida ou que perca a vigilância protetora. Ela pretende conferir um prazo à situação para ver como isso ajuda.
Controlar-se significa ter paciência, resistir, canalizar a emoção. Esses são medicamentos poderosos. Controlar-se é praticar a generosidade, permitindo, assim, que a grande natureza compassiva participe de questões que anteriormente geraram emoções que iam desde a ínfima irritação até a fúria.

ESQUECER
Esquecer significa afastar da lembrança, recusar-se a reprisar um assunto, em outras palavras, deixar de lado, soltar, especialmente da memória. Esquecer não quer dizer entorpecer o cérebro. O esquecimento consciente consiste em deixar de lado o acontecimento, não insistir para que ele permaneça no primeiro plano, mas permitir que ele seja relegado ao plano de fundo ou mesmo que saia do palco.
Praticamos o esquecimento consciente quando nos recusamos a invocar o material inflamável, quando nos recusamos a mergulhar em recordações. Esquecer é uma atividade, não uma atitude passiva. Significa não trazer certos materiais à superfície, nem revirá-los constantemente, nem se irritar com pensamentos, imagens ou emoções repetitivas. O esquecimento consciente significa a determinação de abandonar a prática obsessiva, de ultrapassar a situação e perde-la de vista, sem olhar para trás, vivendo, portanto, uma nova paisagem, criando vida e experiências novas em que pensar no lugar das antigas. Esse tipo de esquecimento não apaga a memória; ele simplesmente enterra as emoções que cercavam a memória.

PERDOAR
Existem muitos meios e proporções pelos quais se perdoa uma pessoa, uma comunidade, uma nação por uma ofensa. É importante lembrar que um perdão “final” não é uma capitulação. É uma decisão consciente de deixar de abrigar ressentimento, o que inclui o perdão da ofensa e a desistência da determinação de retaliar. É você quem decide quando perdoar e o ritual a ser usado para assinalar o evento. É você quem resolve qual é a dívida que você agora afirma não precisar mais ser paga.
Algumas pessoas optam pelo perdão total: libertando a pessoa de qualquer tipo de reparação para sempre. Outras preferem interromper a reparação no meio, abandonando a dívida, alegando que o que está feito está feito e a compensação já é suficiente. Outro tipo de perdão consiste em isentar a pessoa sem que ela tenha feito qualquer reparação emocional ou de outra natureza.
Para certas pessoas, finalizar o perdão significa considerar o outro com indulgência, e isso é mais fácil quando as ofensas são relativamente leves. Uma das formas mais profundas de perdão está em dar ajuda compassiva ao ofensor por um ou outro meio. Isso não quer dizer que você deva enfiar a cabeça no ninho da cobra, mas, sim, ser sensível a partir de uma postura de compaixão, segurança e preparo*.

O perdão é onde vão culminar toda a abstenção, o controle e o esquecimento. Não significa abdicar da própria proteção, mas da própria frieza. Uma forma profunda de perdão consiste em deixar de excluir o outro, o que significa deixar de mantê-lo à distância, de ignorá-lo, de agir com frieza, condescendência e falsidade. É melhor para a psique da alma restringir ao máximo o tempo de exposição às pessoas que são difíceis para você do que agir como um robô insensível.

O perdão é um ato de criação. Você pode escolher entre muitas formas de proceder. Você pode perdoar por enquanto, perdoar até que, perdoar até a próxima vez, perdoar mas não dar outra chance – começa tudo de novo se acontecer outro incidente. Você pode dar só mais uma chance, dar muitas chances, dar chances só se... Você pode perdoar uma ofensa em parte, pela metade ou totalmente. Você pode imaginar um perdão abrangente. Você decide.*
Como a mulher sabe que perdoou? Você passa a sentir tristeza a respeito da circunstância, em vez de raiva. Você passa a sentir pena da pessoa em vez de irritação. Você passa a não se lembrar de mais nada a dizer a respeito daquilo tudo. Você compreende o sofrimento que provocou a ofensa. Você prefere se manter fora daquele meio. Você não espera por nada. Não há no seu tornozelo nenhuma armadilha de laço que se estende desde lá longe até aqui. Você está livre para ir e vir.

Pode ser que tudo não tenha acabado em “VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE”, mas sem a menor dúvida existe de hoje em diante um novo “ERA UMA VEZ” à sua espera.
_____________________________________________________________________
O livro “Mulheres que Correm com Lobos” - Editora Rocco é um dos títulos imprescindíveis para  o entendimento do Feminino.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lindo ! Auto explicativo...rs...

... durante meses ocultei minha loucura, me contive, sufoquei, fui civilizada... civilizada na minha fúria, civilizada na minha dor, civilizada em momentos que não devia ser..."

Maria Adelaide Amaral 

Le Love

... Coisas de João...

Só se legitima o desejo quando se age pautado na verdade...
Não há como perder a crença no humano quando se tem muito a construir. Ontem quando João saiu da médica e me perguntou:
- Mãe sempre as pessoas dizem a verdade ?
Tive que dar muitas voltas no quarteirão e na minha cabeça para dizer que existem pessoas que apesar da verdade não ser a melhor, conseguem lidar com ela.
Entretanto, existem aqueles que mentem a si mesmas , ao outro e ao Mundo. Sabia que a próxima pergunta também não seria fácil e, ela veio com pimenta : - Então se tem gente que diz mentira para si mesmo, como é que a gente descobre que pode confiar em alguém ?
Confesso que ri... e, respondi limitada pelas minhas próprias indagações : - A confiança é uma conquista diária e exaustiva, não de testes, nem de códigos sutis, mas da relação de coerencia entre emoção-pensamento e ação.
   

Meu grito !

Se é para falar eu falo...
Se é para sentir eu sinto...
É da intensidade que saboreio a vida que vivo,
É a partir dela que busco o encanto, o desejo e a crença.
Creio na verdade da vida e nas escolhas que propomos como caminho.
Não há amargura quando assumimos os riscos.
Não há pesar quando nos tornamos conscientes das nossas responsabilidades.
  
Foto: Internet

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Coisa Boa...

Engraçado como lembranças são sentimentos...
Basta aproximar o cheiro, sentir o sabor, ouvir a voz... aciona a emoção , rompe-se com a razão. Destitue-se da lucidez e a lembrança traz à tona o que havia ficado guardado no passado...
(Mas é uma sensação tão boa, que vale o risco de ter que lidar com ela depois...)
 
LeLove

Coisa de Gente...

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
Martha Medeiros

Um super Presente... !!!

Verinha tem sido presença especial no Piruetas. Obrigada de coração pelo carinho e pela indicação. Dedico esse selo a todos os que seguem esse espaço.
O recebimento segue algumas regras: devemos indicar outros blogs para receberem o selo; divulgar o blog que te enviou e divulgar o selo em seu próprio blog.
Aceitem esse presente de CORAÇÃO...

Um abraço !

Fabiola

terça-feira, 12 de abril de 2011

Coisas do Chico

Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar...
(Chico Buarque)
Foto : internet

Para pensar...

Torna-te quem tu és...
Nietzsche
Foto Internet

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sobre os conflitos...

Nem sempre conseguimos entender as coisas que nos acontecem. O código está escondido e apenas a reflexão permite a análise. Defender-se ? Fugir ? Criar mecanismos para Negar ? São caminhos que não conduzem à clareza.
Já tentei promover a ideia de que tocar no conflito ao invés de apenas circundá-lo é uma das possibilidades. Tocar significa que afetivamente temos que nos colocar nele...como protagonistas, atuantes. Tocar significa, apropriar-se dele, desmembrar...
Ao fugir, não nos colocamos como protagonistas, mas na maioria das vezes como vítimas. Infelizmente, esse é o caminho mais comum.
Reflita !!!! 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

...

Mas queria que você entendesse os meus poços escuros, os meus becos — que me fazem mergulhar em silêncios às vezes longos.

Caio Fernando Abreu
Foto: Internet

Sobre afeto...

Eu já quis dizer coisas que pudessem chegar ao seu coração. Já tentei propor espaços nas suas crenças, desafiar seus princípios, te fazer interrogar aquilo que te endurece.
Fico imaginando que a construção de seus muros são pura ausencia de afeto. Defesa de alguém que não suporta admitir que precisa do outro.
A autosuficiencia te impede de ver as demandas do outro. Olhar nos olhos e mergulhar na necessidade de quem pede, de quem as vezes implora apenas por atenção.
Te oferecer pedaços de amor, parcelas de um afeto que podia ser único... inteiro tem sido escolha sua  
   
Lelove

Felicidade...

"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."

                                                             ___________Freud

Le Love

terça-feira, 5 de abril de 2011

Para Pensar

1. É por essas e por outras que as verdades parecem inacessíveis, cada vez mais as pessoas temem sentir. A pergunta do Bom Dia , não é mais como você se sente...e sim como você está ! Notadamente  o transitório é mais articulado que o real, na medida em que pode ser alterado, modificado com a cor do dia...sem que para isso se precise dizer: Eu sou, Eu Creio, Eu Busco !  

2.Desaprendemos a fragilidade essencial de que não somos polivalentes nem autosuficientes.

3. Nossas tempestades são o vale das nossas dores...não essencialmente o dardo para alvos alheios... 

Foto Internet

Essencial...

Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
Antoine de Saint-Exupéry

 Fragrent Roses

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ser...II

...Venha, meu amigo. Deixe esse regaço. Brinque com meu fogo. Venha se queimar. Faça como eu digo. Faça como eu faço. Aja duas vezes antes de pensar... Eu semeio o vento. Na minha cidade. Vou pra rua e bebo a tempestade...
Chico Buarque

E por falar em saudade...

Que saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar...
Chico Buarque
Le Love

Ser...

                           Imagem do site Mostra de Musica Brasilia

domingo, 3 de abril de 2011

...

"Você está vivo. Esse é o seu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho." Cazuza

Foto Internet

"O nosso amor a gente inventa pra se distrair e quando acaba, a gente pensa que ele nunca existiu."Cazuza

Da série : Domingo à noite com chuva...

Depois de falar com minha mãe no telefone, fiquei pensando quantos livros li por suas mãos, aqueles que ela não me deu, mas oportunizou no seu criado-mudo (que falava). Aqueles que ela deu, mas eu não li... devorei e buscava os que ela tinha escolhido para ela mesma. Até hoje falamos sobre os livros que estamos lendo e os sentimentos que pairam em nossa história. Temos tantas que deveríamos parar e escrevê-las... quem sabe... rsrs...
Hoje lembramos do Sabino ...e o Menino no Espelho, encantada que eu estava na altura dos onze anos achava que todo homem podia ter a sensibilidade dele, acreditava que todas as pessoas viam a justiça com clareza e tinha tantas certezas...com o tempo construi as perguntas e descobri que as interrogações são a possibilidade de realmente pensar ...
Saudade mãe !

De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro. Fernando Sabino
Arquivo Pessoal

Ai ai... fim de domingo ... Lisbela e o Prisioneiro

Não vejo mais você
Faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos
Ganhar seus abraços
É verdade eu não minto...

E nesse desespero
Em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar
Diversas vezes por você
Só prá ver se te encontro...

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde
Nunca mais perdê-la...

Agora
Que faço eu da vida sem você
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo
Eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando
Em outros braços seus abraços
Perdido no vazio
De outros passos
Do abismo em que você
Se retirou e me atirou
E me deixou aqui sozinho...

Agora
Que faço eu da vida sem você
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo
Eu vou tentando me encontrar...
Foto Internet

sábado, 2 de abril de 2011

Presente...!

Ontem eu ganhei um presente de uma pessoa muito especial...a chance de fazer o caminho de volta ... o presente me dará a chance de trabalhar sentimentos, de operar o auto equilibrio e depositar todo o sentimento de afeto que em determinado momento tive que conter !
Estou feliz por esse presente da Vida !
Por isso, sempre afirmo : a Vida nos dá a chance sempre de fazer o caminho de volta !!! Aconteceu comigo...
 
Foto Internet

O fio da vida



O nos mantem atados a vida é um fio tênue, composto pelas nossas experiencias com o outro, com o mundo, com o próprio eu  e pelas impressões de afeto que circundam essas relações. O que define, então, a escolha pelos caminhos está diretamente relacionada a esse fio que em momentos rígido ou laceado propõe a intensidade de nosso gestos, atitudes e definições. Olhar esse fio nos permite entender o que elencamos como prioridade.