terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mais uma do João...

João chegou da escola, como sempre : falando, falando, falando... no meio da falação me veio com mais essa -

- Mãe que tipo de menina você acha que vai se interessar por mim ?
                                                                    
                                                                      cri cri cri (silencio de mãe processando a informação...)

- Tipo nenhuma ! Olha seu tamanho menino...rs... !!!
Rimos juntos, mas, de repente olhei para ele e vi:


- Ele cresceu !!!!!

Vacinas, nossas perebas de sentimentos e coisices de mãe...

Ontem foi dia de vacina da Maria. Fomos para fila e diga-se de passagem era enorme, gentes pequenas no colo, caminhavam coladas as mães...essas com medo do que estava por vir. Gentes pequenas com mamadeiras, chupetas, algumas com peitos na boca. Gentes pequenas iam passar o dia ardendo. Aprendendo o que é dor, sem que ainda tenham o significante disso! Estranho viver, sem ainda nomear ! Deve mesmo ser dolorido. Eu e Maria ficamos uma no colo da outra, já que eu também estava com medo, de ter que oferecer para ela bichões que nós duas nem conhecemos. Nossa vez chegou. A sala de vacina é gelada (!?) não há muito onde sentar ou se acomodar. Passados os costumes de tudobem-tudobem seguidos as seringas. Enfim feito o furo, se processa a dor ! Gente pequena com o corpo a espera de algo do qual terá que se defender. Estranha a idéia de que sabemos que a vacina é o próprio bichão amansado e que o corpo se encarrega de reagir. Defender-se !. Tudo que esperamos hoje é que nossos filhos saibam se defender. Eu olhava a Maria e ficava pensando quais eram os bichões que eu gostaria que ela tivesse imunidade. Só consegui pensar em sentimentos. Já que acredito que as doenças do corpo são movidas a ausencia ou a potencialização de alguns desses. Pensei que se soubessemos melhor lidar com a raiva, talvez o corpo fosse imune a tantas dores. Imaginei se houvesse o anticorpo da hipocrisia talvez tornassemos mais tolerantes , menos ansiosos e nosso coração não ardesse tanto ! Enfim, eu queria vacina para tantas coisas, de forma que a Maria pudesse estar mais preparada para lidar com os bichões da mentira social e do perfeccionismo.       

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Receitinha fácil !!! Aprovada !!!

Brownie Fácil e Delicioso

Aprenda uma maneira fácil de fazer esta receita típica americana

10 porções
selo de participação
  • 3 xícaras de açúcar
  • 2 xícaras de farinha de trigo (sem fermento)
  • 1 e 1/2 xícara de achocolatado em pó
  • 4 ovos inteiros
  • 200g de manteiga derretida (um tablete)
  • nozes ou amendoas picadas a gosto

modo de preparo

Preparo desse brownie super fácil:

1º Misture em uma tigela o açúcar, a farinha e o achocolatado.
2º Depois acrescente os ovos e a manteiga derretida. Misture tudo. Não precisa bater no liquidificador, basta misturar com uma colher, até a mistura ficar homogênea.
3º Despeje o conteúdo em uma forma untada com manteiga e farinha.
4º Leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 20 ou 30 minutos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Nós assistimos Top Gun !!!

Ter história para contar faz toda diferença quando acreditamos que a vida é um processo de descoberta e desenvolvimento. Das nossas mudanças, o que ficou, são as impressões de que foi ontem !
Nós assistimos Top Gun e acreditávamos que o bem era claramente bem, sem nuances ou contradições de mal, enquanto que o mal era apenas uma escorregada do bem, com chances claras de mudança. Eram crenças que moviam nossas descobertas do mundo. A rua, os amigos, a escola e a idéia de futuro. Rompemos com a geração de nossos pais onde se visualizava apenas a rebeldia e crescemos com os avanços tecnológicos e afetivos. Avanços afetivos que transmutavam a idéia de ficar, mas ainda havia o sonho do namoro, do encantamento, senão Dirty Dancing não teria feito tanto sucesso. Nosso cigarro era Goudan, muito mais para quem estava a nosso redor, do que para nossas mãos e bocas. A intensidade das descobertas nos fizeram ver aquilo que pontuava Renato Russo e incendiavamos o corpo diante de Indios. Não havia sábado a noite sem Faroeste Caboclo. Não havia matinê de domingo no Municipal sem California Dreams. Não havia festa sem música e assistimos de perto a visão critica proposta por Cazuza ainda no Barão Vermelho. Sonhávamos com os olhos do Paulo Ricardo, ainda no RPM. Não havia namoro sem cartinha com a música Você do Paralamas do Sucesso. 
Sem dúvida, desfilávamos no Sete de Setembro, como quem veste a farda, na fanfarra ou no pelotão cumpriamos o protocolo e nos víamos parte de um processo de transformação do país ao redor do jardim da cidade. Tínhamos uma pressa de viver e descobrir que quase sem tempo respondíamos as infinitas vezes que éramos questionados sobre a potencia dos números. Quem não lembra das sabatinas do Prof Darcy sobre raciocínio mental ??? Dos exercícios intermináveis de matemática do prof. Mizuhira ?
Descobrimos o valor das amizades, jogávamos bola queimada e nos entregávamos a vida com a intensidade necessária para não temer. Sem medo, vivenciamos o encanto das coisas nos fizemos gente e criamos valores e uma ética interessante. Nos tornamos gente boa,  como diz minha mãe, temos história !
Nossos filmes eram rebobinados nas cenas preferidas com a possibilidade de resgatar o tempo certo, o ritmo, o momento especial. A idéia de rebobinar momentos da vida nos dá a chance de reviver, retomar e com isso, poder trazer para o hoje o sabor vivido !
De fato temos história !     

Esse texto foi costurado a partir da idéia da Maria Stella Figueiredo que lançou o termo Rebobina !
Vamos rebobinar e trazer a tona as lembranças que compõem quem somos !  

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Coisices de mãe II

Engraçado como a maternidade nos traz para o redor do fogo. Envoltas na fogueira nos colocamos a falar e ouvir. Nenhuma das mulheres que esteve aqui para nos ver deixou de contar uma história, fosse sua ou de sua mãe, ou avó sobre seja lá qual for o assunto ao redor de gestar, parir , nutrir e amar. Foram tantos medos colocados no ar, tantas circusntancias jogadas ao fogo, tanto sentimento posto para dividir. Fiquei encantada com a magia que o leite da nutriz promove, solta a trava de quem muitas vezes mata o desejo ou se consome diante da vida ou se impede de viver intensamente essa relação.
Vi com os meus olhos de dentro a proeza que é se estabelecer mãe, no sentido pleno do termo, entregar-se a esse momento e deixar que o corpo -emoção faça seu juizo. Nesse sentido, amamentar torna-se um ponto interessante.
Minha história com o João foi como daquelas da propaganda, assim que ele nasceu, como se já tivesse feito isso por dias a fio, entregou-se ao meu peito. Fez dele sua conexão com a vida e aquilo que era apenas afeto (por que o leite de todo mundo desce lento, devagar...mas desce), tornou-se em horas sua fonte de alimentação. Sabia sem romancear que aquela dor seria aos poucos substituida pelos gracejos dele e por essa intimidade fantastica que se constroi a cada mamada. Assim que ele nasceu recebemos a visita da psicologa do banco de Leite (!) que nos explicou muitas coisas, deu dicas e colocou João para sorver do colostro sem demora, sem medo, sem receio ! E, ele mamou por dois anos e três meses. Quando viemos para Rondonia, confesso que ele mamou os três dias de viagem, como que sem entender , aquela distancia...
Com a Maria, a fórmula estava estabelecida e repetir é sempre uma tendencia maior do que se diferenciar...rs... Quando a Maria nasceu ficamos sem o elo no primeiro momento. Assim que eu pude estar com ela e ela comigo, estabelecemos o nosso momento... aos poucos ela descobriu o peito. Bem diferente da propaganda, cheia de dedos, com uma certa marra. Lentamente ela se achegou ao que era dela, mas que não havia percebido, nem sentido. Nesse aos poucos, o medo me consumiu ! O leite assustado com alguém que sempre é tão forte se demorou. Ficamos nós duas tomadas pela angustia e pela incerteza. Ouvi de tudo: que menina é mais lenta (!); que cesarea é para leite de lata (!); que meu susto no nascimento impediu meu leite de descer e eu devia desistir  (!).
Enfim, iniciei o processo que chamo de profecia autorealizadora, me coloquei certeira de que todo mundo tem leite e que meu peito seria fonte de alimentação da Maria. Liguei para amigas pedi dicas sobre a conservação do leite, fiz ordenha, estimulei. Procurei um banco de leite (o mais próximo, fica a quase 500 Kilometros), psicóloga do banco de leite (cade vc ???) também não encontrei, mas mesmo assim, nós duas tinhamos a certeza de que esse caminho dependia da nossa escolha e que teríamos que no mínimo tentar. Assim fizemos e nessa entrega percebi na pele: que o estímulo depende do estado emocional, que a ansiedade da mãe precisa ser trabalhada para que o processo ocorra,   que as pessoas raramente estimulam a amamentação sem citar exemplos negativos e, especialmente, que pessoas afetivas e que creem nesse processo são essenciais para que tudo caminhe bem !
Maria perseverou, entregou-se ao peito e hoje o que era apenas de afeto tornou-se sua única fonte de alimentação. O que me motivou a escrever sobre esse processo tão único e ao mesmo tempo diverso, afinal, sou a mesma,  é que muitas vezes as pessoas não creem no aspecto emocional como determinante para o desenvolvimento do controle em relação a nosso próprio corpo. O exercício que Maria me permitiu, me fez mais uma vez constatar isso ! Nossas emoções são os disparadores, o gatilho para a vivencia de nossos desejos.