quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Nós assistimos Top Gun !!!

Ter história para contar faz toda diferença quando acreditamos que a vida é um processo de descoberta e desenvolvimento. Das nossas mudanças, o que ficou, são as impressões de que foi ontem !
Nós assistimos Top Gun e acreditávamos que o bem era claramente bem, sem nuances ou contradições de mal, enquanto que o mal era apenas uma escorregada do bem, com chances claras de mudança. Eram crenças que moviam nossas descobertas do mundo. A rua, os amigos, a escola e a idéia de futuro. Rompemos com a geração de nossos pais onde se visualizava apenas a rebeldia e crescemos com os avanços tecnológicos e afetivos. Avanços afetivos que transmutavam a idéia de ficar, mas ainda havia o sonho do namoro, do encantamento, senão Dirty Dancing não teria feito tanto sucesso. Nosso cigarro era Goudan, muito mais para quem estava a nosso redor, do que para nossas mãos e bocas. A intensidade das descobertas nos fizeram ver aquilo que pontuava Renato Russo e incendiavamos o corpo diante de Indios. Não havia sábado a noite sem Faroeste Caboclo. Não havia matinê de domingo no Municipal sem California Dreams. Não havia festa sem música e assistimos de perto a visão critica proposta por Cazuza ainda no Barão Vermelho. Sonhávamos com os olhos do Paulo Ricardo, ainda no RPM. Não havia namoro sem cartinha com a música Você do Paralamas do Sucesso. 
Sem dúvida, desfilávamos no Sete de Setembro, como quem veste a farda, na fanfarra ou no pelotão cumpriamos o protocolo e nos víamos parte de um processo de transformação do país ao redor do jardim da cidade. Tínhamos uma pressa de viver e descobrir que quase sem tempo respondíamos as infinitas vezes que éramos questionados sobre a potencia dos números. Quem não lembra das sabatinas do Prof Darcy sobre raciocínio mental ??? Dos exercícios intermináveis de matemática do prof. Mizuhira ?
Descobrimos o valor das amizades, jogávamos bola queimada e nos entregávamos a vida com a intensidade necessária para não temer. Sem medo, vivenciamos o encanto das coisas nos fizemos gente e criamos valores e uma ética interessante. Nos tornamos gente boa,  como diz minha mãe, temos história !
Nossos filmes eram rebobinados nas cenas preferidas com a possibilidade de resgatar o tempo certo, o ritmo, o momento especial. A idéia de rebobinar momentos da vida nos dá a chance de reviver, retomar e com isso, poder trazer para o hoje o sabor vivido !
De fato temos história !     

Esse texto foi costurado a partir da idéia da Maria Stella Figueiredo que lançou o termo Rebobina !
Vamos rebobinar e trazer a tona as lembranças que compõem quem somos !  

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