terça-feira, 15 de março de 2011

Sempre... nossos rituais afetivos...

Quando eu era bem pequena...subia em minha bicicleta e corria para a esquina da Avenida Consolação para esperar meu gigante descer de um ônibus e com macacos de chocolate nos bolsos me jogar para cima, me roubar uns beijos e me fazer um chamego. Avô devia ser algo permanente em nossa vida ! Eu volto sempre para aquela bicicleta, para aquele lugar quando preciso trazer o afeto daqueles momentos. Isso fortalece... isso acalma.  
Hoje em dia procuro trazer para o João rituais de afeto que sei que vamos construindo aos poucos, mas que se tornam referencia para a vida toda. 
O beijo que ele insiste em limpar no rosto hoje é dado na mão para que ele guarde no coração. Coração, que ele entende como o mundo de dentro... como algo que ele pode carregar mesmo na minha ausencia - lugarzinho que ele se volta quando nas voltas da vida , sente vontade de colo. Ele não usou chupeta, não quis paninho, nem grudou em nenhum bicho... mas insiste em me estender a mãozinha todos os dias quando desce do carro para ir a escola ou sempre que nos deixamos para fazer as coisas de nossa vida. Num dia desses eu perguntei por que o beijo na mão era tão legal assim...( coisa de mãe que precisa ouvir , rs) - ele me explicou na sua meninice - que o beijo era o jeito dele ficar sempre comigo... é sempre bom  mãe carregar você prá onde eu vou !
Vi o ritual de afeto estabelecido... eu agora o gigante... !  

Um comentário:

  1. ha, eu adoro esses pequenos rituais mágicos... Eu e a Maryah Luíza temos vários!!! É tão bom!!!

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