segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Algumas questões, nesse mundo de parâmetros...

Desde que a Maria nasceu, nós duas temos sido tão questionadas em relação a números, que já pensei em uma plaquinha, quem sabe num luminoso. Interressante perceber que tudo gira na relação do padrão de normalidade. A tal curva que quem sabe vamos perseguir por um longo período. Fico, na minha idéia de mãe, pensando em quantas outras curvas a Maria terá que se colocar para vencer os desafios que a vida vai propor.
O peso ? Já foi fruto de intensas investigações... o meu e o dela... arbitrariamente não me pesei ainda e passo por fresca quando digo simplesmente que ainda falta muito para chegar no corpo antes da presença mágica da Maria em mim. O que não sabem é que saudosa da barriga, acreditava tudo tão lindo e mágico que os 12 quilos ganhos pareciam não ter a menor importância (e em mim realmente não tiveram). Quando todos eles partirem, finalizarei a barriga e, a mulher que reside em mim irá apenas lembrar desse momento mágico.  O dela ??? Já me instruiram altas receitas para turbinar o meu leite. Várias vezes me peguei ansiosa para que ela acorde para mamar. Engraçado, vou me lembrar disso, quando ela, nessas coisas de menina, perseguir a balança, ou então, ficar horas diante do espelho mirando o corpo que deseja ter.
O tamanho ? Como esta criança estava dentro de mim ??? (?) realmente ela estava...mas confirmando aqueles que estavam presentes, veio dobradinha, com as pernas na frente... ansiosa para respirar o mundo. Há quem diga que ela será alta. Há aqueles que dizem que ela terá um estirão. Famosa por seus centimetros, muitos apontaram que meninas são menores. Isso quer dizer o que hein ??? Lamento ! A vejo ainda tão pequena, tão menina, tão precisada de afago.
Minha idade ? Putz ! Não foi interessante explicar, mas retomo, mulheres acima dos 35 anos também tem relações sexuais férteis...
Há quem pergunte o Apgar  e se assombre diante da tranquilidade de quem crê... em uma criança que merece ser feliz, independente do peso, do tamanho, do apgar e de todos esses números e curvas que dizem pouco dela. Os números não contam que ela tem olhos oblíquos, que mantem-se atenta ao ouvir música, que se movimenta na direção do afeto e pede colo como ninguém.
Os números não apontam que ela tem se entregue a vida e a cada novo dia descoberto que nasceu e já ocupa seu espaço. 
   
     

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