segunda-feira, 12 de março de 2012

Costurando... o exercício do feminino...

Nem sempre ouvir o feminino vem distante da composição da dor, dos mecanismos de defesa, da idéia de incompletude. Onde foi que disseram à mulher que ser feminina poderia corroer seus sonhos , ideais ou subestimar sua inteligencia ? Ser feminina não agride sua autonomia. Ser mulher não interfere nas vicissitudes de ser aceita ou respeitada socialmente.
Tenho visto que ao destituir o feminino, a mulher não cabe no corpo, abre espaço para a dor, para o distaciamento da sua forma. Ao negar a essencia, o que é do feminino se suprime, se encolhe, adoece. Abre espaço para o não ser e a crise de identidade travestida de depressão passa a ser a tonica para a própria vida.
A dor da anestesia e da anulação se traduzem no corpo. Mulheres cada vez mais tem entregue o próprio corpo à armadura consumindo seu desejo, disfarçando sua essencia, destituindo o sutil, o doce, as sensações e sentimentos, o único, a intuição... sem se ouvir, passam a não ter eco diante de si mesmas. A imagem no espelho é distante da imagem real.As fronteiras para isso vem disfarçadas de que ao longo da vida sempre se teve outros objetivos, ou então, de que não havia tempo para ser mulher.
Entender que ser mulher não está na submissão é essencial para desbastar a armadura. Escolher, desejar, sem precisar lançar mão do exercício de controle dá condições para que o sujeito psiquico se aceite, se acolha.
Onde foi que disseram que era uma coisa ou outra ?

   

2 comentários:

  1. A mulher ainda acha que promover o feminino é destriuir o masculino... é assim que entramos e saímos desta eterna guerra dos sexos que vem adoecendo nossa cultura.

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  2. É por ser tão feminina que sou tão forte!!!

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