Ontem João fez uma apresentação de Teatro na Escola. A peça apresentava diferentes cenas de mães. Perfis engraçados do cotidiano, imagens que no dia a dia repetimos. Ele era filho de uma mãe totalmente complacente. Carregava seu skate no braço, um boné para trás, calça jeans rasgada. Aprontava artes de criança e a mãe apenas elogiava e divertia-se com ele.
Ao final da peça nós dois no carro, resolvemos conversar. Ele me perguntou se eu havia gostado e antes que eu pudesse responder disse que eu não sou igual a mãe da peça, mas também me divirto com ele. Contou que ele não gostou do que seu personagem fazia e que talvez escolhesse um castigo -"prá valer", afinal, o menino fazia coisas bem ruins. Falou ainda que ficaria muito triste se eu o proibisse de abrir os brinquedos para ver como funcionam, de construir suas coisas e de às vezes pintar o corpo com guache. Não iria gostar se eu jogasse todas as caixas de papelão fora e o proibisse de usar a tesoura. Que acha bem legal a gente conversar loucamente e que se irrita por eu ser meio explicadinha. Explicadinha no domínio dele tem a ver com o fato de eu querer explicar tudo e também querer que ele explique. Ainda disse que muitas vezes nós dois somos parceiros e que quando ele não consegue escolher o que fazer na tarefa ou em situações esquisitas ele sabe que pode pedir minha ajuda e isso é bem legal ! Ganhei essa conversa de presente !
Entendi que muitas vezes, como peço que ele fale e argumente em relação à suas escolhas ele se sente meio cansado, talvez até pressionado. Também percebi que nossa proximidade nos torna companheiros. Apesar de viver questionando os caminhos que escolho como mãe, me vi feliz !
Arquivo Pessoal
É Fabiola.. a coisa primordial na relação pais e filhos é o diálogo.. ter a liberdade de conversar abertamente.. e isso acho fantástico que haja entre vocês!
ResponderExcluirBeijocas super em seu coração..
Verinha
Fabíloa,
ResponderExcluirparabéns por esta conversa e este presente que Deus lhe confiou...
Lindo menino, acredito muito nesta educação que você dá...
Parabéns amiga, que Deus continue intuindo você a continuar sendo esta mãe.
Bjs,
Suzana Drummond