Nós somos o que pensamos. Construimos redes de pensamentos que nutrem nossas atitudes, mesmo que contraponham nossos desejos.
Estranho pensar dessa forma, mas movidos pelo medo, deixamos que ele nos domine e passamos necessariamente a ser aquilo que mais tememos. De tanto nos apontar cansados, lamuriosos e estressados perdemos a cor e o colorido do mundo, nos entregamos a crença e quase que profeticamente não vemos mais a doçura de um dia que amanhece lentamente em nossas janelas.
De tanto nos apontar sozinhos, consumidos pela solidão nos entregamos ao vazio, sem perceber que nossa companhia pode nos fazer descobrir o que há de melhor naquilo que somos.
Entregues ao medo nos impedimos de sonhar e nos tornamos intensos adivinhadores do que não vai dar certo. Como se pudéssemos prever o futuro e dimensionar detalhes do sentimento do outro, nos impedimos de descobrir o outro em seus códigos, peculiaridades, diferenças, simplesmente, prevemos. Como adivinhadores dessa vida não mais nos entregamos e na egide do controle somos apenas personagem daquilo que vivemos.
Na medida em que autorizamos viver um segundo de cada vez sem que para isso tenhamos que lançar mão das racionais estatísticas que compõe nossa vida, nos permitimos descobrir a essencia de nossas atitudes , o escondido de nós mesmos e a sutileza dos nossos pensamentos.
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